Autismo e a Música



Como trabalhar com pessoas portadoras do Transtorno Invasivo do Desenvolvimento ou Espectro Autista
com o apoio da música?

 Espectro autista, também referido por desordens do espectro autista (DEA- ou ASD em inglês) ou ainda Condições do espectro autista  é um espectro de condições psicológicas caracterizado por anormalidades generalizadas de interação social e de comunicação. Por vezes com características restritivas e outras com  comportamento altamente repetitivo.
 Das várias formas de DEA, o transtorno invasivo de desenvolvimento não-especificado (PDD-NOS, em inglês) foi larga maioria, o autismo ficou com 1,3 por 1000 e a Síndrome de Asperger em cerca de 0,3 por 1000; as formas atípicas como transtorno desintegrativo da infância e Síndrome de Rett foram muito mais raros

Primeiramente como já dizemos em outros assuntos, a música é mais um instrume nto de comunicação e interação não verbal, por vezes ela tem sua função de intervenção direta, propondo mudanças de comportamento significativas, como alterar estados de humor,  outras vezes  ela atua como um instrumento de relaxamento e socialização, algumas vezes a música cantada pode ser estimulo em sessões de fonoaudiologia.

Estudos da neurociência  e neuropsicologia demostram que a música tem comprovada sua função terapêutica, pesquisas ainda caminham na confirmação que  vibrações sonoras mudam a organização cerebral e  física. Já sabemos popularmente que a música sempre é boa companhia, o som ambiente tão desejado, é hoje executado com cuidados e requintes,  da forma que  uma canção nos deixa alegre e outras nos inspiram tristeza, medo ,angústia , saudades, risos e lembranças, podemos imaginar o quanto simples é trabalhar com a música, simples assim?

Não! Não é simples assim
 Nem tão pouco podemos crer que  intuitivamente sabemos qual música escutar .
Ainda mais  quando propomos a música para pessoas com transtornos do espectro autistas.

Casa pessoa é única e cada portador do espectro autista também, assim as aulas -sessões, ocorrem somente após  de uma entrevista psicológica com os pais, se possivel com a acompanhante terapêutica, muitas vezes até com os profissionais envolvidos com esse criança, adolescente e ou adulto.

Bem sabemos que  música é também uma ciência, conhecê-la, dominá-la, criá-la, ofertá-la, propô-la
exige do músico instrumentista não só o dominio de execução, mas sobretudo disposição para compreenda seu público, formações diversas em instituições que atendem esse público, além de  formação especifica acadêmica na área de inclusão

O que digo?

Não é qualquer músico que se torna musicoterapeuta, assim como não é qualque música  que faz bem, não é qualquer instrumento que deva ser oferecido ao seu aluno-cliente autista, respeitá-lo nas suas dificuldade de interação, observá-lo , tê-lo compreendido nas suas possibilidades iniciais é de fundamental importância para que o trabalho começe e coopere bem.

A música tem história, os sons os instrumentos pertencem a condições e relações humanas, sons tem etnia, pertencem a zonas e regiões , fazem parte de perídos históricos.

 Assim a experiência de propor a experimentação de sons completamente equidistantes do cotidiano  aluno-cliente, fazê-lo ouvir algo novo, alé do que toca no carro da mãe, o que a professora coloca na hora do lanche, essa proposição sonora nova pode trazer curiosidade, criar vínculos, provocar medos, risos, sensações e assim estabelece uma relação diferente de tudo que esse aluno-cleinte já experimentou . E bem se sabe quando falamos em alunos-clientes autistas, os vínculos são como preciosas jóias raras.

O espectro autistico muitas vezes apresenta-se com o mutismo, nesses casos  a música cantada na língua portuguesa, nossa lingua madre, produz efeitos interessantes de estimulação fonoauditiva.

Canções do repertório popular brasileiro, ensina sobre nossa cultura, costumes, dialetos, assim utilizamos sempre referências do dia -a dia, trabalhndo também  com período temáticos, como carnaval, pascoa, festa junina, dia da criança, natal, entre outros temas que tem um fundo musical.
Essa experiência educativa  inclui o aluno-cliente na sociedade, ele compreende através das canções o que é o que acontece  naquele periodo comemorativo.

A música por diversar vezes provoca o ritmo corporal, utilizamos nesse momento técnicas de expressão corporal, danças circulares, relation-play, integrações sensoriais .

......Por hoje é só , o blog foi inaugurado dia 20/03 temos muitos outros assuntos a postar  logo trago mais conteúdo, qq dúvida nos escreva, bjos
Elaine Palma








2 comentários:

  1. Olá.
    Pretendo começar um projeto com música e crianças autistas. Quero pedir conselhos e entre outros. Por favor entre em contato no email brunopissurno.5@hotmail.com, desde já agradeço.

    ResponderExcluir
  2. Olá, tudo bem? Achei muito interessante isso tudo que você escreveu. Eu também pretendo fazer um projeto sobre música e autismo. Você poderia por favor entrar em contato? Meu e-mail é camilasud_oliveira@hotmail.com. Obrigada!

    ResponderExcluir